meses ou até anos, especialmente quando há amor envolvido ou esperança de mudança.
No entanto, é importante entender que amor, por si só, não é suficiente para manter uma relação. É preciso haver troca. E essa troca não se resume a gestos grandiosos, mas a pequenas atitudes diárias que demonstram cuidado, presença e interesse. Quando só um lado se esforça para manter o vínculo, o outro se acomoda, e a relação deixa de ser um espaço de crescimento para se tornar uma prisão emocional.
O Relacionamento solo também mina a autoestima. Quem vive nessa condição começa a sentir que não é suficiente, que precisa fazer mais para ser notado, amado ou valorizado. Aos poucos, a pessoa vai perdendo a própria identidade, seus desejos e até sua alegria de viver, pois tudo gira em torno de agradar alguém que pouco se importa em retribuir.
Reconhecer que se está em um relacionamento solo é doloroso, mas necessário. É um ato de coragem olhar com sinceridade para a relação e perceber que não há equilíbrio, que o amor está sendo sustentado por um lado só. E mais corajoso ainda é tomar a decisão de romper esse ciclo — seja através do diálogo honesto, da exigência de mudanças reais ou, em muitos casos, da escolha de seguir em frente sozinho.
Amar alguém não significa aceitar menos do que se merece. E merecer amor é merecer reciprocidade, respeito e presença. Ninguém deve viver um relacionamento onde se sente sozinho o tempo todo. Estar com alguém deve ser soma, parceria e construção mútua. Quando isso não existe, o mais saudável é recomeçar — mesmo que seja com o coração machucado, mas com a alma leve por não mais carregar o peso de dois.
Relacionamento é escolha diária de caminhar junto. Quando só um escolhe, já não é mais relacionamento — é insistência. E a insistência sem retorno é abandono de si. Relacionamento sem troca é um monólogo disfarçado de diálogo, é uma espera sem fim, uma estrada em que só um caminha. capital sexy
Mais vale estar só do que viver sozinho acompanhado. Porque amar também é saber a hora de parar de insistir onde não há mais espaço para você.
Fonte: Izabelly Mendes.