Você já se pegou pensando: “Não sou bom o suficiente para ser amado”, “Todo relacionamento acaba em dor” ou “É melhor não me entregar para não sofrer”? Essas frases, muitas vezes ditas quase automaticamente, revelam algo profundo: as crenças limitantes no amor.
São pensamentos enraizados que influenciam, de forma silenciosa e poderosa, a maneira como nos relacionamos afetivamente — muitas vezes, sem que percebamos. As crenças limitantes são ideias que aceitamos como verdades absolutas, geralmente formadas na infância ou em experiências dolorosas. Elas funcionam como lentes através das quais enxergamos a nós mesmos, o outro e o amor. O problema é que essas lentes costumam distorcer a realidade, sabotando conexões saudáveis e reforçando padrões repetitivos e frustrantes.
No campo dos relacionamentos, essas crenças podem se manifestar de diversas formas. Algumas das mais comuns incluem:
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“Relacionamentos sempre acabam mal.”
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“Homens (ou mulheres) não prestam.”
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“Eu sempre sou deixado(a).”
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“Preciso me esforçar muito para ser amado(a).”
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“Se eu mostrar quem realmente sou, ninguém vai querer ficar.”
Esses pensamentos, quando não questionados, se tornam profecias auto realização. Ou seja, por acreditar que algo ruim vai acontecer, a pessoa age de forma defensiva, distante ou ansiosa, e acaba criando exatamente aquilo que mais teme. Assim, os mesmos ciclos se repetem: carência, sofrimento, término e frustração.
Para romper com essas crenças, o primeiro passo é identificar quais delas estão presentes na sua vida amorosa. Observe seus pensamentos automáticos, seus medos e os padrões que se repetem nos relacionamentos. Pergunte-se: de onde vem essa ideia? Ela realmente é verdade? Ou é uma generalização baseada em uma ou duas experiências?
Depois, é hora de reprogramar essas crenças. Isso envolve substituir pensamentos limitantes por outros mais realistas e amorosos, como:
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“Relacionamentos podem ser saudáveis e duradouros.”
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“Eu sou digno(a) de amor exatamente como sou.”
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“Nem todas as pessoas são iguais.”
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“Posso me abrir para o amor sem perder minha identidade.”
A terapia pode ser uma aliada poderosa nesse processo. Com o apoio profissional, é possível acessar camadas mais profundas dessas crenças, compreendê-las em sua origem e reconstruir uma nova forma de se relacionar — mais consciente, leve e segura.
Além disso, praticar o autoconhecimento e o autocuidado ajuda a fortalecer o amor-próprio, que é a base para filtrar melhor o que se aceita em um relacionamento. Quanto mais você se conhece e se valoriza, menos espaço há para se deixar levar por medos antigos ou histórias que não te pertencem mais. garota com local
Também é importante lembrar: mudar uma crença limitante não significa ignorar os riscos do amor, mas aprender a lidar com eles de forma mais madura. Amar sempre envolve algum grau de vulnerabilidade, mas não precisa ser sinônimo de dor ou perda.
Libertar-se das crenças limitantes no amor é um ato de coragem e liberdade. É dizer a si mesmo que merece viver relações verdadeiras, com conexão, respeito e reciprocidade. É dar uma nova chance ao amor — começando pela relação mais importante de todas: a que você tem consigo.
Fonte: Izabelly Mendes.
