Quando um bebê nasce é comum ter algum dos chamados “distúrbio funcional
do sistema digestivo”. Apesar do nome complexo, trata-se de uma condição
relativamente normal, especialmente quando o sistema digestivo da
criança ainda não está totalmente formado, o que acontece nos primeiros
meses de vida.
Em decorrência dessa condição, os bebês podem apresentar três problemas:
cólica, refluxo e obstipação, sendo este último o menos apontado pelos
pais, mas não o menos importante. A obstipação é a dificuldade ou a
falta de evacuação. Nesse caso, a criança sente dor para eliminar as
fezes e precisa fazer um grande esforço para isso. Tal problema ocorre
devido ao pouco reflexo para eliminação das fezes ou menos movimentação
do intestino que o normal.
“O ideal é oferecer à criança fórmulas nutricionais adequadas, com maior
nível de lactose, o que auxilia a excreção de água no cólon e aumenta a
motilidade intestinal. Estudos comprovam que 91,6% dos casos de
constipação foram resolvidos dentro de 7 dias com formulação minerais
essenciais, como magnésio, cálcio e fósforo, que são essenciais para a
redução dos sintomas. Essa recomendação é para as crianças que não
recebem leite materno, pois ele sempre será a primeira indicação”, diz o
Prof. Dr. Fábio Ancona, pediatra especialista em nutrição infantil.
Ainda segundo o pediatra, produtos com essa formulação reduzem a dor e a
dificuldade para defecar e até ajudam a aumentar o apetite das crianças.
Prof. Ancona alerta sobre as fórmulas para dois ou mais sintomas do
distúrbio funcional do sistema digestivo, “pois com a melhora de um, o
outro tende a piorar”. Ele informa que para resolver o problema da
obstipação é necessário oferecer mais lactose, mas para cólica menos.
“Logo, uma única fórmula não consegue atender os dois sintomas”, explica
o especialista.
Para os bebês não mais amamentados pelas mães, é possível encontrar
diversas opções de fórmulas que auxiliam o controle da obstipação.
Porém, é preciso orientação do pediatra para identificar qual a opção
mais adequada, pois nesses casos a fórmula substituirá o leite utilizado
e, dessa forma, precisa oferecer todos os benefícios necessários e mais
os específicos para a obstipação.
“Nos primeiros meses de vida, o ritmo do intestino do nenê é irregular.
Somente com o tempo ele amadurece, passando a ter uma rotina. Os pais
precisam ficar atentos à reação das crianças nos momentos de evacuação,
pois embora não exista tratamento, há fórmulas nutricionais indicados
para a redução dos sintomas”, diz o pediatra.
O especialista lembra que a obstipação não é uma doença, mas seus
sintomas podem afetar a qualidade de vida do bebê e de toda a família.
Com a dificuldade para evacuar, a criança tende a ficar irritada e chora
mais do que o normal. Em crianças mais velhas, a obstipação pode estar
associada ao medo. Por isso, o processo de deixar as fraldas precisa ser
natural e tranquilo, evitando traumas na hora de ir ao banheiro.
ITAMARAJUNEWS | Fonte: Giovanna Borielo