O presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, classificou o transplante de órgãos contaminados como uma “situação gravíssima”

APolícia Federal vai investigar o caso de seis pacientes no Rio de Janeiro que receberam órgãos contaminados com o vírus HIV. De acordo com o G1, a investigação foi confirmada pelo Ministério da Justiça, e os pacientes estavam na fila de transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ). Os órgãos vieram de dois doadores, e agora todos os pacientes testaram positivo para o vírus.

A notícia foi inicialmente divulgada pela BandNews FM e, posteriormente, confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde à TV Globo. Além da Polícia Federal, o caso está sendo investigado pelo Ministério da Saúde, Ministério Público do RJ (MPRJ), Polícia Civil e Conselho Regional de Medicina (Cremerj). O Sistema Nacional de Transplante possui critérios rigorosos para o rastreio de doadores de órgãos, seguindo portarias estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Antes de serem utilizados em transplantes, todos os órgãos doadores devem passar por testes de sorologia para doenças como HIV, hepatite B e C, e HTLV, além de outras infecções, levando em consideração o contexto geográfico de cada região. No Brasil, o teste para HIV é obrigatório, e doadores HIV positivos não são aceitos para transplantes, tornando o caso ainda mais grave.

O presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, classificou o transplante de órgãos contaminados como uma “situação gravíssima”. Ele destacou que isso põe em risco a confiança de pacientes que já estão em uma condição de saúde delicada, aumentando ainda mais a aflição de quem espera por um transplante.

 

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